01 novembro, 2009

Máscara das Sombras - Parte 11

Na semana seguinte, Nestor começou a praticar o ninjutsu (arte ninja). Como sua estadia era temporária, o treinamento era mais puxado: 10hs por dia, com intervalos para refeições, necessidades fisiológicas, além de 30 minutos de cochilo a tarde. Fora isso, o negócio era pauleira. Flexões, abdominais, levantamento de peso, corrida, alongamento, treinos de chutes e socos. Era puxado!

Como Nestor já praticava outras modalidades na faculdade, o corpo estava até que condicionado. O problema foi no treino de kumitê (luta). Katsumoto colocou um aluno que treinava há 6 meses de forma intensa. Não deu outra: Nestor levou um coro. Não desistia e continuava a lutar com este rapaz que a o final do treino, sempre iam tomar sorvete no parque. No fim da primeira semana, Nestor sentia-se um “condor”, com dor na coluna, com dor na perna, nos braços etc.

As semanas seguintes foram mais puxadas. De tanto que treinava todas as modalidades das aulas, Nestor estava com hematomas. Um dia, levou um soco e saiu sangue do nariz. Para sua sorte, Sayuri estava no treino. Tratando das feridas, disse ela num tom de voz bem doce:

- Continue assim meu querido Nestorzinho. Você tem talento.

Nisto, a cabeça de Nestor foi longe não tanto pelo elogio as habilidades, mas ao “querido Nestorzinho”. Pensava consigo: “Tô dando dentro!”

Após um mês de treinamento puxado. Nestor tinha progredido bem (claro! 10hs por dia!). Não que estivesse no desempenho de um Bruce Lee, mas pensava consigo: “ Posso dar um coro naquele idiota da aula de literatura que só faz pergunta cretina! He, He”. Claro que era de brincadeira este pensamento. Depois de se despedirem de Katsumoto e Midore, foram até a estação de trem, para irem a Kyoto, cidade natal de Sayuri.

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