01 novembro, 2009

Máscara das Sombras - Parte 12

Dentro do trem, Sayuri mostrava algumas paisagens a Nestor. Iam conversando de vários assuntos. Nestor fez uma observação:

- Sabe Sayuri, conhecer a paisagem é algo magnífico, porque abre os horizontes da imaginação, da harmonia e de tantas outras coisas que ficam no oculto do pensamento. Não me esqueço o dia que te conheci: foi um colírio para os meus olhos! Desde aquele dia, fiz coisas que nunca tinha feito antes. Ri, chorei, diverti, passeei etc. Enfim, tantas dimensões da minha vida que ficaram ocultadas pelo medo e o fracasso se deram naquele dia tão magnífico: dia que nos trombamos no corredor!

Ao ouvir as palavras de Nestor, os olhos de Sayuri começaram a lacrimejar de emoção. Nisto, Nestor pegou suavemente a sua mão. Sayuri aproximou o seu rosto ao dele e se colocou a beijá-lo de maneira suave. Nestor, sujeito seco e até então solitário, começou a chorar. Ele ia falar algo, mas Sayuri colocou a mão na boca de Nestor e disse:

- Meu querido Nestorzinho, cala a boquinha! Suas palavras foram bonitas! Só que mais linda do que elas, foi este belo beijo, como sinal de nossos sentimentos! Ter trombado contigo foi bom. Melhor que isso, foi o dia que lutei contigo e estes dias de treinamento com Sensei Katsumoto. Você é nobre. Muitas vezes é um tanto seco e duro, mas momentos como este, mostram o grande e apaixonado coração que você tem!

Sayuri estava empolgada em falar, mas foi a vez de Nestor Colocar a mão na boca dela e dizer:

- Fique quietinha Sayuri! Continuemos esta ação tão simples e magnífica.

E continuaram a se beijar. Ao término da viagem, desceram e no ponto de táxi, Sayuri pergunta a Nestor:

- Mas meu querido...e agora? Como te apresento a minha família?

- Oras! Como seu namorado!

Nisto, Nestor pega nas mãos de Sayuri e diz:

- Sayuri Okayda, quer namorar comigo?

- Sim! Meu querido..sim, sim!

E continuaram a se beijar até a chegada do táxi.

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