17 janeiro, 2010

Máscara das Sombras - Parte 32

Nestor ficou espantado. Não acreditava que ele era o autor de tudo aquilo.

- Não pode ser! Você? Mas como? Eu....

-Há,há,há,há,há!!! Tão perto mas tão longe! Enganei a todos, não? Quem diria?


- Você....

- Eu? Por quê se surpreende senhor Nestor? Sou o reflexo do teu amanhã!

- Wiliam Savoy..... Por isso que você apareceu tão rápido no cemitério!

- Isto e muito mais! Te acompanho muito antes do que você pensa!

- Como assim?

- Lembra-se de uns anos atrás, quando você salvou uma mulher de bandidos na favela?

-sim.

- Eu estava numa sala no fundo da delegacia e escutei todo o seu caso de bravura. Fiquei intrigado e comecei a te observar. Em Cambridge vi o que você fez com aquele bando de playboizinhos. Afinal, era a sua marca registrada? Em Kyoto, você tinha perdido a sua amada? Ela era uma ninja e conseguiu e safar a tempo! Mas ficou desmaiada! Como naquela época eu era da Interpol, fechamos o caso e pude estudar as habilidades dela, como testar o chip de obediência que a Interpol estava criando. Tanto deu certo que usei também na sua amiga fotógrafa.

-Seu....

- Dois anos depois em Londres, a polícia não sabia quem fazia atos de proeza. Descreviam uma figura assustadora. Achei muita coincidência. Mas depois que vi os casos no Brasil, a minha suspeita tornou-se real, ainda mais quando você acabou com os meus pupilos!

- Você acha que a corrupção justifica os assassinatos que você ordenava?

- Oras! Quem és tu para dizer sobre mim? Não me venha com ética, com moral! Sou formado em direito, estudei teologia moral. Em outras palavras: não queira ensinar o padre a rezar missa!

- E o que fez com o corpo de Diogo? O que ele tem com tudo isso?

- Diogo Kubota...hum! Ele foi outra pedra no meu sapato há uns anos! Além de escrever em blogs, atuava como pesquisador num jornal importante. Era um tolo, idealista, buscador da verdade. Nesta época, junto de uns amigos, tinha fundado uma Igreja, onde eu queria inculcar as pessoas o conceito de justiça com as próprias mãos, associada a escritura! Por culpa de um fiel que delatou todos os meus planos a ele, este intrometido ia me entregar a polícia, colocando a minha reputação e de gente muito poderosa em risco! Com isso, um servidor meu disfarçou-se de garçom e colocou um veneno no suco que fez o infeliz enfartar no restaurante que ele almoçava todo o dia. Lembro-me da cena do infeliz agonizando. Eu estava almoçando próximo. Foi tão divertido ver aquele sujeitinho agonizando! Não fui genial meu caro Nestor?

- Seu filho da puta!! Você me fez julgar o pobre coitado até agora! Que a alma dele esteja em paz!

- No inferno! Só se for!

- Wiliam Savoy! Maldito sejas tu por ter profanado o corpo de Diogo! Maldito sejas tu por ter brincado com a vida humana! Maldito por ter roubado a mulher da minha vida! Quem cruza o meu caminho, pisa em mim ou em alguém próximo, não sai ileso!!! Prepare-se!

- Estou gostando de ver! Por isso, lutarei desarmado, utilizando a minha técnica de garras de tigre!

E uma luta mortal começou. A técnica de Savoy era muito superior a de Nestor. Com a técnica do tigre, arranhou Nestor, fazendo-o perder mais sangue. Sentia muita tontura e não conseguia enxergar tão bem. Estava fraco com a perda de sangue. Neste meio tempo de raciocínio, Savoy dá uma voadora giratória, mandando Nestor para a o lado de fora, uma imensa varanda. Chovia muito forte.

Estava jorrando sangue por todo o corpo. Delirava de febre, junto de uma tempestade que se empunha com força. Gemia de dor, mas moralmente, sentia-se senhor! Em meio ao delírio, gritava:

- Você e eu somos um! Você e eu somos um! ó Máscara das Sombras! Face que oculta os meus medos, anseios e desejos, fazendo-me forte! Extremamente forte! Tu, que fostes fruto dos meus devaneios , agora és a realidade absoluta do meu ser! Juntos somos uma unidade, um conjunto, uma verdadeira arma! E ria com todo o sarcasmo até que.....

Savoy chuta-lhe o estômago. Agora com a espada na mão. Disse:

- Que você encontre com Diogo no inferno!

Escuta-se um tiro.

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